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Decifrando o ESG



Entenda como o ESG pode ajudar a sua empresa!

Além de adotar uma visão mais consciente e empática, as empresas que integram o movimento ESG alcançam aumento da produtividade e redução de custos – ainda que os benefícios disso sejam bem mais abrangentes do que apenas ganhos financeiros.


A importância do debate sobre as crises ambientais, socioeconômicas, sanitárias e climáticas vividas atualmente pelo cenário global está em evidência há algum tempo. E cabe a população e as organizações, de forma geral, uma dose de conscientização e posicionamento perante estes problemas.


As empresas que se reconhecem e se portam com responsabilidade socioambiental garantem maior afinidade com os consumidores de forma direta e indireta. Há uma maior valorização da transparência, do posicionamento e dos valores consolidados nas organizações. Já foi o tempo em que apenas um “produto” ou “serviço” era consumido: são os conteúdos, as experiências e o alinhamento de propósitos e valores que impulsionam a identificação e o desejo de consumir.


Afinal, o que é ESG?

ESG é a sigla de Environmental (ambiental), Social (social) and Governance (governança). Esses são os 3 pilares de destaque de uma estratégia atual que serve para todos os tipos de empresa, de diferentes tamanhos, nichos e culturas. A sigla traz como reflexão as boas práticas que organizações devem implementar diante da comunidade em que estão inseridas.


O conceito ESG traz esta urgência em torno das questões que influenciarão o futuro da sociedade como um todo e sobre como validar a sustentabilidade na prática, seja com ações diretamente ligadas ao meio ambiente, ou ao meio social e até mesmo em pilares de governança.


Apesar de muitas empresas adotarem, na teoria, iniciativas relacionadas a ESG, a prática se mostra diferente. ESG não é apenas sobre os impactos ao meio ambiente, mas sim boas práticas que englobam muitos outros quesitos, como: diversidade e inclusão, bem-estar e segurança dos colaboradores, gestão de riscos, transparência financeira e contábil, relações fidedignas entre alta liderança e fornecedores, colaboradores e investidores.


Ou seja, o ESG envolve uma série de atividades que toda empresa deve procurar percorrer e implementar. As atividades e ações executadas devem ser sustentadas ao longo do cotidiano desta organização e integradas continuamente à cultura da empresa. O sucesso dessas ações é medido quando as próprias pessoas que fazem parte da organização propagam tais padrões de comportamento de maneira espontânea, e não imposta. Além do reflexo interno, o sucesso também é refletido quando a comunidade e outras partes interessadas percebem as ações e preocupações genuínas da organização com ESG.


A importância do ESG no cotidiano das corporações

Uma pesquisa realizada pela Accenture Strategy mostrou que no Brasil 79% dos consumidores gostariam que as organizações se posicionem em relação a assuntos relevantes na sociedade, como cultura e meio-ambiente, além disso, 76% disseram que suas decisões de compra são influenciadas pelos valores e ações propagadas pela marca e seus líderes.


Empresas que já começaram a implementar medidas associadas ao conceito de ESG perceberam que não só a redução de impactos negativos no futuro é garantida, como também resultados positivos são colhidos no presente, além de maior rentabilidade e a atração para novos stakeholders.


Além de atrair stakeholders, segundo a PwC, foi constatado que 86% das pessoas preferem apoiar ou trabalhar em empresas que se preocupam com as mesmas questões que elas, o mesmo estudo ainda afirmou que 91% dos(as) líderes acreditam que sua empresa tem responsabilidade de agir em questões ESG.


Como garantir um ambiente mais humano e sustentável?

As equipes de RH das organizações que concretizam fundamentos do ESG, na sua cultura, calculam o movimento de dentro para fora e de fora para dentro, ou seja, encaram o mercado, o meio ambiente e a sociedade de forma coexistente. Neste contexto, a implementação de ações que tenham afinidade com a cultura em questão e ainda assim, tenha responsabilidade social, ambiental e econômica colhe frutos de uma liderança consciente.


Um hábito fundamental que deve ser praticado pelas governanças é o da escuta ativa. Abrir o campo da comunicação com base na relação de confiança com os colaboradores traz enormes benefícios, além disso, o interesse por ações de inclusão e equidade traduz o cotidiano do ambiente de trabalho acolhedor e saudável.


Por outro lado, são diversos os fatores que fazem muitas empresas não estarem preparadas ou não terem a capacidade e interesse em implementar os conceitos de ESG no seu cotidiano. E, como resultado, muitas recorrem a práticas de greenwashing, visto de forma negativa pelo público consumidor que está cada vez mais consciente e informado.


O greenwashing é uma estratégia de marketing que empresas, indústrias e até governos utilizam para estarem alinhados ao discurso, ações e propagandas sustentáveis, mas na prática não garantem estes princípios. A bandeira da “lavagem verde”, como pode ser traduzida, é pouco efetiva na visão mercadológica já que não está realmente vinculada com a cultura da organização no dia a dia. Além disso, não causa grandes mudanças na cadeia de produção e, como consequência, no seu mercado consumidor.


Como começar a implementar o conceito ESG e possíveis mudanças na minha empresa?

No campo ambiental: Comece analisando os impactos ambientais que estão relacionados com a sua escala de produção ou dos associados diretos. Foque na redução da emissão de gases de efeito estufa, invista no uso consciente dos recursos naturais, exercite o respeito pela preservação da biodiversidade e evite os desperdícios.


No campo social: Invista na diversidade tanto no ambiente de trabalho e equipes, quanto nas ações de marketing e publicidade. Respeite os direitos humanos e valorize a individualidade de cada um, garanta um treinamento adequado para os colaboradores e invista em segurança de dados (de funcionários e clientes) e ofereça benefícios e condições de trabalho respeitáveis.


No campo de governança: Garanta condutas éticas nos negócios, disponha de remuneração justa, estimule a transparência na comunicação, previna e saiba conduzir casos de discriminação (assédio, preconceitos...), adote a diversidade nas posições de destaque da empresa para ser mais inclusiva.


“Diversidade gera lucro. Empresas com maior pluralidade em suas equipes e, portanto, com maior capacidade de inovação, alcançam resultados até 21% maiores do que aquelas em que a questão não é uma prioridade, mostrou um estudo da consultoria McKinsey.” Luciana Rodrigues, Forbes


Além de estabelecer práticas internas de ESG para um desenvolvimento de futuro mais sustentável é importante que as lideranças estejam cientes sobre os 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) definidos pela ONU. Apesar de serem distintos, podem colaborar na prática de um com o outro dentro do cotidiano da corporação. Um desses objetivos, o número 8, trata-se de Trabalho Decente e Crescimento Econômico.

“No Brasil, a relação dos ODS com os negócios ESG está mais evidente nas grandes empresas. De acordo com o Pacto Global, entre as companhias que fazem parte do ISE, Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, 83% possuem processos de integração dos ODS às estratégias, metas e resultados. Diga-se, um universo ainda muito pequeno, considerando o tamanho e as desigualdades do Brasil.” Haroldo Rodrigues, Forbes

Para implementar uma cultura mais focada em ESG, sua empresa pode contar com a Kultua e nossos Diagnósticos de Cultura Personalizados - que trazem as descobertas e desafios reais a serem endereçados na organização. Além disso, auxiliamos a nortear as diretrizes estratégicas de Gestão de Pessoas & Cultura. Nesta análise, outros indicadores relacionados ao ESG também são mensurados, como: diversidade & Inclusão (métricas quali-quantitativas de equidade), segurança psicológica e bem-estar do colaborador, percepção de mudança e outras métricas de People Analytics & Cultura.


Assim como em um processo de transformação cultural, para a implementação do modelo ESG, todos as estratégias de mudança devem ser construídas, acompanhadas e perfeiçoadas. É necessário que as ações sejam reforçadas e metrificadas de maneira recorrente; pois, dessa forma, é possível validar e aferir os avanços, identificando oportunidades de melhoria.


Ainda destacamos que o discurso e a prática devem estar sempre alinhados para uma cultura cada vez mais consistente e autêntica nas empresas. Dessa forma, o processo de mudança ocorre de maneira mais fluída e eficaz, além de desenvolver e aproximar pessoas, potencializando culturas e transformando as relações e experiências dentro e fora da organização.

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